Hospital Universitário de Santa Maria confirma presença de superbactéria

 Depois de suspender novas internações e partos de alto risco de bebês prematuros por causa de uma infecção, o Hospital Universitário de Santa Maria (Husm) confirmou que, das 13 crianças recém-nascidas que estão internadas na UTI Neonatal, uma está com a bactéria Klebisiela Pnemonáe (KPC) colonizada, ou seja, está no corpo, mas não no sangue. Como medida de proteção, esse bebê está isolado dos demais. A médica responsável técnica pelo setor, Marinês Casarotto, explica que a superbactéria é resistente à maioria dos antibióticos, pode causar infecção generalizada e levar à morte.

– Esse menino nasceu prematuro, com 625 gramas. A situação dele já era grave, mas, agora, piorou em função da imunidade baixa. Mesmo assim, ele está isolado, e estamos tratando para reverter o quadro de saúde dele. Os pais podem visitar as crianças na unidade, mas as visitas de outros familiares estão restritas – salienta Marinês.  

Todas as crianças passaram por exames que devem ficar prontos em até 72 horas a contar de terça. Ainda conforme a médica, não é a primeira vez que uma superbactéria é identificada no hospital, mas, na UTI Neonatal, sim. A Comissão de Controle de Infecção Hospitalar está investigando como a bactéria chegou ao hospital.

Há um ano sem receber pacientes, Hospital Regional de Santa Maria permanece de portas fechadas

A Gerente de Atenção à Saúde do Husm, Soeli Guerra, comentou que o Centro Obstétrico está superlotado, assim como o Pronto-Socorro, e, consequentemente, a UTI Neonatal acabou ficando com mais pacientes do que a capacidade suporta. Ao todo, são 10 leitos, mas, desde o começo do mês, a situação está cada vez pior. A determinação de suspender novas internações de bebês na UTI Neonatal foi dada em uma reunião, na terça-feira, entre a Gerência de Atenção à Saúde, a Comissão de Infecção Hospitalar (CIH) e os profissionais do Centro Obstétrico da unidade. Não há prazo para que o serviço seja normalizado.